terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

A dispensa em Educação Física quer dizer que o aluno não precisa praticar atividades nem comparecer à aula?


Desde 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) considera a disciplina obrigatória. Portanto, a dispensa só pode ocorrer em situações específicas, quando o aluno comprove estar trabalhando mais de seis horas diárias, tenha filhos, esteja cumprindo o serviço militar ou demonstre impossibilidade por razões de saúde. Dessa forma, é fundamental proporcionar, mesmo aos alunos com limitações físicas, a oportunidade de participar de atividades. As aulas devem ser uma oportunidade para ampliar os conhecimentos sobre as práticas corporais existentes, em atividades teóricas, uso de vídeo ou música. E os dispensados devem, de qualquer maneira, estar presentes.


Consultoria Marcos Garcia Neira, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP).

Fonte: Revista Nova Escola

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

A Evolução Psicomotora até os 3 anos



I – Introdução

Neste trabalho, abordaremos os diversos tipos de atividades relacionadas entre 0 a 3 anos de idade. Relacionamos os seguintes tópicos:

1 - As Primeiras Experiências Psicoafetivas: A Criança na Descoberta de Outrem;

` 2 - A importância do Brinquedo no Desenvolvimento da Criança;

3 - A Criança na Descoberta do seu Próprio Eu;

4 - Indicações Educativas do Nascimento até 3 anos;

5 - Dicas de Brincadeiras para Recém-nascidos.

II – Desenvolvimento

2.1 - As Primeiras Experiências Psicoafetivas: A Criança na Descoberta de Outrem

As necessidades metabólicas do feto, durante a vida intra-uterina estão automaticamente satisfeitas. A atividade motora é precoce, só em torno do 4º mês os movimentos são mais abundantes e mais fortes.

No nascimento, o organismo é totalmente impotente a satisfazer suas necessidades vitais. Esta fase é denominada por Freud de estádio narcisista primário, onde a função metabólica e as primeiras exigências afetivas são prioridade para o recém-nascido.

A relação muscular-sensorial é limitada. Os estímulos ocasionados pela presença humana são um fator essencial de desenvolvimento, estimulando um contato ativo da criança de 2 meses com o ambiente.

Até os dois meses domina o processo de maturação. O desenvolvimento obedece dois fatores: a maturação e o exercício funcional. No estado fetal, o desenvolvimento não depende do ambiente, mas sim do determinismo genético. Já com o nascimento, o desenvolvimento é enriquecido pelos estímulos ambientais.

Durante a vida intra-uterina a maturação e o exercício estão relacionados: é através da maturação que as estruturas dos potenciais tornam-se funcionais, e o exercício que daí se origina provoca uma nova maturação.

O equilíbrio interno depende de intercâmbios com o organismo materno, as condições patológicas da mãe influem sobre o feto. Os estímulos sensoriais são de grande importância par acelerar a maturação e coordenar a ação de grupos musculares. Do 3º ao 6º mês no feto ocorre a passagem do período neuro-motor para o período sensório-motor. O desenvolvimento e aperfeiçoamento dos sentidos (sensibilidade cutânea, auditiva e visual) tornam o comportamento cada vez mais adaptado ao meio.

O nascimento causa a ruptura do equilíbrio interno, quando ocorre a passagem do meio líquido para o meio aéreo. Quando o parto é feito em más condições, pode resultar em transtornos irreversíveis. O parto em condições satisfatórias acelera o processo de maturação sensorial e do sistema nervoso central. O “trauma” do nascimento não influencia a maturação do sistema motor. De 0 a 2 meses, os gestos são difusos e desorganizados, acompanhados de gritos, que geralmente exprimem sensações de necessidades.

A motricidade do recém-nascido é um prolongamento da atividade fetal. O cerebelo e o hipotálamo intervém na modificação do tono. O recém-nascido apresenta comportamento espontâneo em relação à postura, à atividade de massa e à atividade segmentária. Essa mobilidade espontâneo cresce em função do estado de tensão do lactente, dos momentos de necessidade. Apresentam também reflexos arcaicos e automatismos vitais (automatismo respiratório e de sucção).

As experiências sensoriais depois do nascimento ajuda na organização do sistema nervoso sensorial, que vai influir sobre o sistema motor. São feitos diversos estudos sobre a função auditiva e principalmente sobre a evolução da função visual.

Os comportamentos fundamentais do recém nascido se referem à satisfação das necessidades alimentares e à necessidade de sono. O desenvolvimento da alimentação do recém nascido compreende o despertar comportamental que traduz uma elevação geral da atividade, a facilitação sensorial seletiva que privilegia os estímulos ambientais permitindo a satisfação da necessidade biológica. O sono do recém nascido está dominado por motivações instintivas, em particular a fome. Depois da mamada, a tensão dá lugar à satisfação. O sono é o resultado de uma experiência satisfatória.

O comportamento do recém nascido oscila entre um estado de insatisfação e um estado de tranqüilidade e essas oscilações do sono representam um meio de expressão que depende do ambiente humano e através delas o recém-nascido tem sua vivência afetiva.

A criança necessita do estímulo humano para se desenvolver e a relação estabelecida pela mãe e seu recém-nascido se compara a uma simbiose, que é manifestada na hora da mamada, do banho, da troca de fraldas. O contato corporal tem muita importância nessa relação, pois no intercâmbio cutâneo entre a mãe e a criança, o funcionamento desta pode ser influenciado pelo funcionamento psíquico da mãe e no momento em que a visão e a audição amadurecem, o recém-nascido busca comunicação pela vista e pelo ouvido. A criança através do olhar acompanha o que acontece em sua volta, e é estimulada pela presença de um adulto que entra em contato com ela.

O período que vai do 2º ao 7º mês é chamado de estádio do objeto precursor, que é uma transição entre o estádio narcisista e a constituição do objeto.

Neste período, a criança associará a satisfação de sua necessidade a uma causa exterior a ela e estabelecendo ligações entre seus desejos e as circunstâncias externas

Sua segurança é dada pela presença da mãe, proporcionando à criança estabilidade para enfrentar o meio desconhecido que começa a explorar.

O universo perceptivo da criança até o estádio objetal consiste na maturação cortical e no mundo fragmentado onde a criança vive.

No estádio narcisista, a satisfação das necessidades alimentares associadas a estímulos sensoriais e ambientais permite o desenvolvimento da criança que precisa de uma certa estabilidade como a presença da mãe. A relação que esta tem com o seu filho se faz a partir de uma série de organizadores como o olhar, a mímica e a mais importante, o sorriso e a linguagem. A aparição do sorriso é a primeira reação de mímica e o primeiro sorriso é dirigido à mãe e depois se generaliza a qualquer rosto humano. A partir do 6º mês este sorriso automático desaparece e começa a diferenciar os familiares dos estranhos. Somente aos 7 ou 8 meses a imagem da mãe é identificada. Este reconhecimento da mãe vai consolidar os laços afetivos entre o filho e a mãe e sua presença deixa de ser uma necessidade para se tornar um desejo de apropriação. Este período é denominado de estádio objetal, onde a mãe que é o objeto libidinal torna-se insubstituível.

2.2 - A Importância do Brinquedo no Desenvolvimento da Criança

O brinquedo é oportunidade de desenvolvimento. Brincando, a criança experimenta, descobre, inventa, aprende e confere habilidades. Além de estimular a curiosidade, a autoconfiança e a autonomia, proporciona o desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da concentração e atenção.

Brincar é indispensável à saúde física, emocional e intelectual da criança. Irá contribuir, no futuro, para a eficiência e o equilíbrio do adulto.

Brincar é um momento de auto - expressão e auto - realização. As atividades livres com blocos e peças de encaixe, as dramatizações, a música e as construções desenvolvem a criatividade, pois exige que a fantasia entra em jogo. Já o brinquedo organizado, que tem uma proposta e requer desempenho, como os jogos (quebra-cabeça, dominó e outros) constitui um desafio que promove a motivação e facilita escolhas e decisões à criança.

O brinquedo traduz o real para a realidade infantil. Suaviza o impacto provocado pelo tamanho e pela força dos adultos, diminuindo o sentimento de impotência da criança. Brincando, sua inteligência e sua sensibilidade estão sendo desenvolvidas. A qualidade de oportunidades que estão sendo oferecidas à criança através de brincadeiras e brinquedos garante que suas potencialidades e sua afetividade se harmonizem. A ludicidade, tão importante para a saúde mental do ser humano é um espaço que merece atenção dos pais e educadores, pois é o espaço para expressão mais genuína do ser, é o espaço e o direito de toda criança para o exercício da relação afetiva com o mundo, com as pessoas e com os objetos.

Um bichinho de pelúcia pode ser um bom companheiro. Uma bola é um convite ao exercício motor, um quebra - cabeças desafia a inteligência e um colar faz a menina sentir-se bonita e importante como a mamãe. Enfim, todos são como amigos, servindo de intermediários para que a criança consiga integrar-se melhor.

As situações problemas contidas na manipulação dos jogos e brincadeiras fazem a criança crescer através da procura de soluções e de alternativas. O desempenho psicomotor da criança enquanto brinca alcança níveis que só mesmo a motivação intrínseca consegue. Ao mesmo tempo favorece a concentração, a atenção, o engajamento e a imaginação. Como conseqüência a criança fica mais calma, relaxada e aprende a pensar, estimulando sua inteligência.

Para que o brinquedo seja significativo para a criança é preciso que tenha pontos de contato com a sua realidade. Através da observação do desempenho das crianças com seus brinquedos podemos avaliar o nível de seu desenvolvimento motor e cognitivo. No lúdico, manifestam-se suas potencialidades e ao observá-las poderemos enriquecer sua aprendizagem, fornecendo através dos brinquedos os nutrientes ao seu desenvolvimento.

2.3 - A Criança na Descoberta do seu Próprio Eu

A criança só passa à conhecer o seu corpo como objeto em torno dos 3 anos de idade.

  • Da Unidade Orgânica ao Reconhecimento de sua Personalidade

A unidade da criança é, em primeiro termo, uma unidade biológica; traduz-se na maturação funcional do indivíduo. Depois do nascimento, o universo receptivo mostra-se parcelado, a unidade do ser traduz-se por reações tônico-posturais e motrizes globais, até coordenadas. No entanto, neste estágio a criança sente seu corpo como uma unidade ativa, cuja consciência difusa está ligada a vagas sensações tônico-viscerais e cinestésicas, proporcionando uma retumbância afetiva e emocional profunda.

Além do mais, o comportamento origina-se sob a influência de estímulos externos na relação com a mãe. Tais intercâmbios de natureza essencialmente corporais, traduzem-se através do diálogo tônico, que permite à criança sentir no seu corpo as atitudes maternas; tendo assim, no seu corpo uma unidade de relação simbiótica que o une a sua mãe.

Junto ao reconhecimento da “imagem materna”, a criança descobre a necessidades de ter um objeto exterior a ele, identificando com a figura materna. Progressivamente, a criança através de suas experiências relacionais, faz a descoberta da diversidade das pessoas de seu meio. Logo, o processo de identificação permite-lhe sentir no seu corpo as atitudes de outra pessoa e viver, assim, corporalmente os sentimentos do seu meio, seja agressivo ou afetivo.

Então, a identificação permite a criança uma certa unificação do ser e desencadeia na aquisição de um certo número de atitudes afetivas que podem modelar o comportamento da criança, pois é através da atividade prática que a criança começa a descobrir sua existência.

  • A Experiência do Espelho

Contrário a Lacan, a consciência difusa do corpo experimentada na ação é muito mais primitiva que a imagem visual do corpo. No entanto, a criança ao se observar por um espelho, começa a se conhecer topograficamente; fazendo assim, uma análise do seu corpo cinestesicamente com as reações posturais e gestuais que ele vê no espelho e que ainda lhe são estranhas.

Contudo, pouco a pouco, a criança chegará a convicção de que o corpo que ela sente é o mesmo daquele que ela observa no espelho.

Observe abaixo, o se conhecer da criança por Zazzo:

1. Aos 12 meses, a criança olha suas mãos, partes visíveis de seu corpo fazendo comparações com a sua imagem especular, ela brinca e faz experimentos de fatos observados;Aos 16 meses, o jogo das mãos desaparece e passa a aprimorar sua visão em relação à sua imagem.

2. Segundo Zazzo, a criança não consegue distinguir, antes dos 20 meses a sua imagem real da sua imagem no espelho.

2.4 - Indicações Educativas do Nascimento até 3 anos

Para que a criança desenvolva suas capacidades inatas é preciso que o ambiente a estimule, tendo o controle balanceado tanto dos estímulos de natureza física quanto das condições psicoafetivas estabelecidas pela presença humana dedicada.

Segundo dados, na família tradicional, a mãe assumia a função de alimentar a criança – aleitamento materno- além de um comportamento estável , uma vez que se dedicava exclusivamente à educação dos seus filhos . Atualmente esta relação está bastante conturbada, uma vez que a conquista expansiva de seu campo de trabalho , caracterizou a mulher como um elemento instável que tenta conciliar suas atividades profissionais com seus deveres maternais , tendo como conseqüências , a substituição ( a partir dos 2 meses ) do seu papel por creches ou babás , ou ainda o auxilio de seus esposos na execução dos cuidados com a criança .

Os pais possuem função essencial no desenvolvimento da criança. Essas funções são baseadas nas condições socioculturais nas quais elas se inserem e que dependem do tipo de organização familiar.

O meio social deve satisfazer:

· As necessidades fisiológicas da criança: sono, alimentação, exercício das funções sensoriais e motoras;

· As necessidades afetivas ou de comunicação;

· As necessidades de segurança e estabilidade: ambiente com referencias estáveis para a vida material ou como modelos de identificação;

· As necessidades cognitivas: para a descoberta do meio . A atitude permissiva, por parte dos pais, para evitar os fracasso ( que provocam inibição , medo ). Autoritarismo favorecendo a passividade e a dependência. O ideal é o equilíbrio entre os dois;

· As necessidades lingüisticas: depende da evolução simbólica. Formação do vocabulário e da sintaxe para estar preparada para o período de escolarização.

O ritmo das mamadas deve ser estabelecido de acordo com as necessidades do bebê. É necessário descobrir os ritmos próprios da criança, a fim de possibilitar uma creta periodicidade .

A relação mãe - filho passa, em certos momentos, por uma série de dificuldades principalmente a proporcionada pelo amor, primeiramente, inconsciente a um ser imaturo, sem cobranças sem a espera de um retorno. No entanto, num segundo momento esta relação começa a ficar conturbada devido à impaciência, e ansiedade da mãe e pela impassividade da criança ao ambiente aonde vive.

O equilíbrio da mãe condiciona o equilíbrio da criança. Este equilíbrio não depende só de reações conscientes da mãe, mas sim de sua vida inconsciente, que faz com q eu ela esteja distendida ou nervosa. Essa relação mãe – filho depende de suas relações com sua própria mãe durante o conflito epidídico, além do seu estado afetivo. A mãe, portanto, é a principal responsável pelo bom desenvolvimento da criança.

Com a passagem das mamadas à alimentação com colher e seu conseqüente desenvolvimento da motricidade, surgem as primeiras frustrações, no entanto , o desejo de fazer a mãe feliz permite à criança suportara esta frustração .

A partir do desenvolvimento da motricidade, é que a criança passa a controlar intencionalmente os esfíncteres. Aos 2 anos, durante o dia e, aos 3 anos durante a noite.

É necessário que a criança tenha liberdade na condução de seus movimentos, possibilitando o contato com diversos objetos e a exploração de seu ambiente. A mãe desempenha um papel estimulador dando relevância aos pequenos êxitos da criança dando apoio e incentivo às frustrações estabelecendo limite, impondo a sua autoridade, dando liberdade que cause a sensação de certa independência, tudo isso em prol de um melhor desenvolvimento psicoafetivo social da criança.

2.5 - Dicas de Brincadeiras para Recém-nascidos

1. Imaginação elétrica

Veja as luzes piscando. Ouça esta canção. Sinta a bola. Os bebês aprendem explorando o mundo com todos os sentidos. Ao apresentar imagens, sons e texturas para o bebê, você o ajuda a estimular os sentidos e a preparar uma memória de experiências que alimentam o pensamento imaginativo.

  1. A brincadeira precoce é observar, ouvir e experimentar

Mesmo que haja pouco tempo entre dormir, comer e chorar, seu bebê está pronto para brincar. Atividades que estimulam os sentidos podem tomar um pouco de atenção do bebê. Observe a reação do bebê ao ver uma caixa de música com luzes piscando. Observe como ele segue com os olhos o brinquedo colorido que você está movendo ou como se move em direção ao chocalho. A concentração do bebê pode ser curta, mas, nesses poucos minutos, o estímulo sensorial ativa áreas no cérebro dele.

  1. Desperte o tato do bebê para preparar a imaginação

Conforme os bebês absorvem novas experiências sensoriais, eles aprendem a ligar a aparência do objeto com a sensação que eles causam. Mais tarde usam essa experiência para imaginar como são os objetos – suaves ou ásperos, frios ou quentes – simplesmente olhando para eles. Você pode contribuir para o “banco” de imaginação do bebê antes mesmo de suas mãozinhas buscarem o mundo. Dê brinquedos de diversas texturas, de morder, seguros, com superfícies interessantes para a boca explorar o primeiro tipo de contato do bebê. Mesmo o banho pode fornecer ricas experiências sensoriais. Ativando várias sensações táteis, você estará ativando as partes da mente do bebê onde a imaginação se desenvolve.

  1. Variedade visual é o tempero da vida.

A criança está faminta por estímulos visuais: primeiro, dentro de um raio focal de cerca de 20 a 25 cm, que aumenta cada vez mais. Logo o bebê relaciona o fato de vê-la andando no quarto com ouvir passos, e começa a imaginar você chegando quando ouve os passos. Para despertar a imaginação do bebê com novas imagens, mostre diversos padrões de claridade e sombra. Gire ou balance brinquedos. Use espelhos para aumentar o que o bebê está vendo – ele mesmo, você e o ambiente ao redor. Em caminhadas, mostre padrões de movimento: uma fonte jorrando, árvores e bandeiras balançando. Novidades visuais criam as conexões que alimentam a imaginação.

Exemplos de Brinquedos que Despertam a Imaginação

  • móbiles de berço;
  • caixa de música para berço com luzes que se movem;
  • brinquedos que fazem barulho;
  • brinquedos com desenhos geométricos contrastantes;
  • brinquedos com muitas cores vibrantes e luzes;
  • espelhos seguros;
  • mantas para brincadeiras;
  • bonecos com rostos amigáveis;
  • livros de capa dura e de pano para pegar, apontar e falar;
  • músicas gravadas;
  • animais ou bolas macios de diversas texturas;
  • brinquedos de morder.

Estimulando a Imaginação

(1-2 anos/ 2-3 anos)

O bebê de um ano poderá mexer com uma colher num recipiente vazio, imitando você, ou dizer “brum, brum” ao empurrar um carrinho de brinquedo. Mais tarde, com maior entendimento, a criança fingirá lamber a colher ou dirá “tchau” quando um ônibus passar. Começou a transição para a imaginação. Veja como você poderá estimular os tipos de brincadeira que ativam a imaginação.

  • Forneça diversas experiências reais

Como grandes observadores que absorvem mais do que entendem, a princípio as crianças usam a imitação para ter noção do mundo, encenando e repensando o que viram e ouviram. Com o tempo, são capazes de mudar a experiência e imaginar o que poderia ser. Dê à criança a “matéria-prima” da imaginação, fornecendo diversas experiências e informações da vida real. Conte o que está acontecendo nas atividades do dia-a-dia, desde cozinhar até ir ao mercado. Forneça brinquedos e coisas para brincar que a ajudarão a imitar o que viu. Você irá estimular a imitação e, mais tarde, uma imaginação ativa.

  • Os jogos ajudam a criança a recriar a vida diária

Brincar com bonecas, carrinhos e outros brinquedos pode inspirar a criança a tentar imitar o que ela vê. Ao mover os bonecos e os veículos, a criança revive atividades familiares, como ir para cama ou comer. À medida que as habilidades lingüísticas aumentam, ela adiciona conversas à ação. Perguntas do tipo “lembra quando...” podem ajudar a relembrar experiências para imitar. Perguntas abertas, como: “para onde o carro está indo depois de abastecer?”, também estimulam a imaginação de uma criança que já está criando histórias reais. Estimular a brincadeira de imitação ajuda a preparar o cérebro da criança para o pensamento criativo. Entre os dois e três anos, você irá notar que a criança desenvolve habilidades que mudam da imitação para a imaginação. Abaixo damos alguns exemplos de como estimular esta mudança e os importantes benefícios que ela traz para a habilidade da criança de pensar criativamente no futuro.

· Aprendizado prático leva à criatividade

Conversar com a criança de dois anos durante as brincadeiras de faz de conta dá a chance de construir as habilidades lingüísticas e conceituais que ela precisará para ir da imitação à imaginação. Você pode demonstrar conceitos como “dentro e fora”, “em cima ou embaixo”, “aberto e fechado”, “sobre e através”. Vá contando o que você está fazendo. Forneça as palavras: “O carro está descendo a rampa”. Ver, ouvir e colocar palavras na ação aumenta o entendimento da criança e fornece experiências que ela pode aproveitar. Gradualmente, a criança mudará, deixando de imitar o que foi visto e criando histórias alternativas sobre “o que poderia ser”.

  • Histórias inspiram a imaginação

Leia sempre para as crianças. Os livros dão a elas uma boa prática para imaginar a ação. Mostre um vídeo. Narre o que você e a criança estão vendo nos passeios diários juntos. Em casa, lembre-a das atividades que vocês fizeram: colocaram uma carta no correio, fizeram compras no mercado, pegaram o cachorro no veterinário, viram uma borboleta. Ouvir histórias familiares e imaginativas ajuda as crianças a criar suas próprias histórias.

Brincadeiras Propostas

· Tomar Banho

De uma forma lúdica, o professor estende os braços e movimenta os dedos simbolizando um chuveiro. Logo após incentivar as crianças a tomarem banho. O orientador, com entusiasmo, irá indicando as partes que devem ser lavadas.

Objetivo: Reconhecimento do Corpo e Hábitos de Higiene

· Atravessar a Ponte

Estende-se uma corda no chão (ponte). As crianças serão incentivadas a percorrer o trajeto pisando única e exclusivamente na corda, o professor criará histórias, tais como: dizer que estamos atravessando um rio que não podemos cair da ponte, ou que na água encontra-se vários jacarés. Isso da uma certa emoção a atividade.

Objetivos: Equilíbrio, Ludicidade

· Motorista

Cada aluno ficará com um bambolê. Os bambolês serão colocados no chão e a partir daí, o professor, dirá para eles ficarem dirigindo o carro (bambolê). Depois pede-se que se desloquem (dirijam) com um pé dentro e outro fora do bambolê.

Objetivos: Equilíbrio, noção espaço-temporal

  • Abraço

Objetivos: Afetividade e força nos membros superiores.

O professor pede para que a criança lhe dê um abraço na altura do pescoço. O aluno tentará se sustentar e o orientador contará até três (se possível junto com a turma). Tempo esse suficiente para colocar o aluno no chão e realizar a brincadeira com outro.


Conclusão

Tendo em vista o citado no trabalho, é possível observar que durante a fase dos 0 aos 3 anos de idade, a criança possui carências na execução de várias atividades, sejam ela motoras ou afetivas. No entanto, com a maturação, essas atividades não necessitarão de um auxílio no futuro. Por isso a importância de um externo cuidado das pessoas que rodeiam essa criança nesse período.

Referências Bibliográficas

LE BOUCH, J. G. Desenvolvimento Psicomotor do Nascimento até 6 anos. A Psicocinética na Idade Pré-escolar: Artes Médicas, Porto Alegre, 1992.

VIGOTSKY, Lev Semenovich. O papel do brinquedo no desenvolvimento. In: A formação social da mente. Trad. José Cipolla Neto, Luis Silveira Menna Barreto, Solange Castro Afeche. 4ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

História do Atletismo



Nos primórdios de nossa civilização, começa a história do atletismo. O homem das cavernas, de forma natural, praticava uma série de movimentos, nas atividades de caça, em sua defesa própria etc. Ele saltava, corria, lançava, enfim desenvolvia uma série de habilidades relacionadas com as diversas provas de uma competição de atletismo. Podemos verificar que as provas de atletismo são atividades naturais e fundamentais do homem: o andar, o correr, o saltar e o arremessar. Por esta razão, é considerado o atletismo o "esporte base" e suas provas competitivas compõem-se de marchas, corridas, saltos e arremessos. Além disso, o desenvolvimento dessas habilidades são necessárias à prática de outras modalidades esportivas.

Por exemplo, podemos observar um jogador em atividade numa partida de futebol, basquete ou voleibol. Durante o jogo, ele anda, outras vezes, corre, salta e pratica arremessos. Por isso, um jogador de futebol, basquete ou voleibol procura sempre desenvolver essas habilidades que são "base" dos conjuntos de atividade física do praticante dessas modalidades.

A história do atletismo se inicia com a própria história da humanidade, quando o homem primitivo praticava suas atividades naturais para sobrevivência. Chega mesmo a se confundir com a mitologia, quando observamos o período da Antigüidade Clássica, com os Jogos Olímpicos que deram origem aos atuais Jogos Olímpicos da Era Moderna, que trazem como reminiscência cultural mais marcante a figura de Discóbulo de Miron..

Atletismo é a designação comum às atividades desportivas em geral, de carácter competitivo e recreativo, realizadas individualmente ou entre equipes (Corridas: pista, cross-country e rua, marcha atlética, lançamentos e saltos).

Atletismo na Pré-História

O ser humano já praticava algumas das modalidades do atletismo como forma de sobrevivência na pré-história. A caminhada, por exemplo, era utilizada para se locomover de um lugar para o outro. A corrida e os saltos, para escapar das presas dos animais carnívoros. O arremesso era usado para se defender e matar animais que serviam de alimento. Desta forma, os homens e as mulheres foram adquirindo habilidades que, mais tarde, foram aprimoradas e adaptadas para as competições de atletismo.

Atletismo na Era Antiga

A história diz que os primeiros eventos esportivos organizados foram realizados por volta de 1200 a.C., no "Monte Olímpicus", na Grécia. Próximo a este local foi construído um palco esportivo para sediar os Jogos Olímpicos. Lá, os homens exibiam as suas forças, habilidades físicas e o controle psicológico, tudo em homenagem a Zeus, o rei dos deuses da mitologia grega.

As mulheres, por sua vez, não tinham permissão para participar dos jogos e nem mesmo para assistir as competições masculinas. Mas, em contrapartida, a cada quatro anos, era realizado um evento esportivo só para elas, em homenagem a Hera, esposa de Zeus.

Naquela época, os Jogos Olímpicos eram realizados durante cerimônias culturais e religiosas. Os atletas vitoriosos eram glorificados a altura dos grandes deuses. Em 776 a.C., Corobeus, de Atenas, fez seu nome correndo nu e descalço numa tosca pista de 200 jardas e tornou-se o primeiro atleta a ganhar uma prova olímpica. Ele venceu a prova de velocidade dos 192 metros, tornando-se o primeiro e o mais antigo herói do atletismo. Se não teve direito a uma medalha, mereceu uma estátua e gravou seu nome na história do esporte. Com o tempo, o atletismo ganhou novas modalidades, além de mais brilho e dimensão nos Jogos Olímpicos. Mas em 393 a. C., o imperador romano Theodózius proibiu a realização dos eventos esportivos. Desta forma, os Jogos Olímpicos foram paralisados e a tocha olímpica foi extinta por 1400 anos.

O lema das Olimpíadas, "citius, altius, fortius", que significa mais rápido, mais alto, mais forte, também é derivado do atletismo. A origem da palavra atleta vem do grego athlos, que significa competição. A palavra estádio também surgiu devido ao atletismo, vem do grego stadion que era uma antiga medida equivalente a, aproximadamente, 180m. As corridas nessas distâncias eram muito populares.

Atletismo na Era Moderna

Em 1896, o francês Pierre de Fredy, Barão de Coubertin, reativou os festivais esportivos. A primeira versão dos Jogos Olímpicos da era moderna foi realizada em Atenas, na Grécia. Participaram 285 atletas, de 13 países. Desde então, a tocha olímpica foi reacendida com a finalidade de promover paz entre a comunidade mundial. A intenção do Barão de Coubertin era de unir os povos pelo esporte.

Atualmente, os Jogos Olímpicos são realizados, de quatro em quatro anos, em países e cidades diferentes. O atletismo continua sendo a atração principal. São 26 provas masculinas e 23 femininas.

Provas Olímpicas de Atletismo

Provas de velocidade: 100m, 200m, 400m
Revezamentos: 4 X 100m, 4 X 400m
Provas de meia distância: 800m e 1500m
Provas de longa distância: 3000m com obstáculos, 5.000m e 10.000 e Maratona (42km)
Provas de Marcha Atlética: 10.000m (Fem.), 20.000m(masc.) e 50.000m(masc.)
Provas de velocidade com barreiras: 100m (fem.), 110m (masc.) e 400m
Provas de saltos horizontais: Salto em Distância e Salto Triplo
Provas de saltos verticais: Salto em Altura e Salto com Vara
Provas de lançamento: Lançamento do Dardo e Lançamento do Disco
Provas de arremesso: Arremesso do Martelo(masc.) e Arremesso do Peso

Provas Combinadas

Decatlo (10 provas): 100m, 110m (c/barreiras), 400m, 1500m, Lançamento do Dardo, Lançamento do Disco, Arremesso do Peso, Salto em Altura, Salto com Vara e Salto em Distância

Heptatlo (7 provas):

Corridas

As corridas são, em certo sentido, as formas de expressão atlética mais pura que o homem já desenvolveu. Embora exista algo de estratégia e uma técnica implícita, a corrida é uma prática que envolve basicamente o bom condicionamento físico do atleta.
As corridas dividem-se em curta distância ou velocidade (tiro rápido), que nas competições oficiais vão de 100, 200 e os 400 metros inclusive; média distância ou de meio fundo (800 metros e 1 500 metros); e longa distância ou de fundo (3 000 metros ou mais, chegando até às ultra maratonas de 100 quilômetros). Podem ser divididas também de acordo com a existência ou não de obstáculos (barreiras) colocados no percurso.

Nas corridas de curta distância, a explosão muscular na largada é determinante no resultado obtido pelo atleta. Por isso, existe um posicionamento especial para a largada, que consiste em apoiar os pés sobre um bloco de partida (fixado na pista) e apoiar o tronco sobre as mãos encostadas no chão (posição de quatro apoios). São frequentes as falsas partidas, quando o atleta sai antes do tiro de partida, que é o sinal dado para começar a prova. Qualquer atleta que dê uma falsa partida será desclassificado. Contudo, nas provas combinadas (ex decatlo) cada atleta tem direito a uma falsa partida. Nas provas mais longas a partida não tem um papel tão decisivo, e os atletas saiem para a corrida em uma posição mais natural, em pé, sem poder colocar as mãos no chão.

Maratona

A maratona, a mais famosa das corridas de resistência, baseia-se na legendária façanha de um soldado grego, Filípides, que em 490 A C correu o campo de batalha das planícies de Maratona até Atenas, numa distância superior a 35 km, para anunciar a vitória dos gregos sobre os persas. Uma vez cumprida a missão, caiu morto. As maratonas modernas exigem um percurso ainda maior: 42.195 m. É uma corrida de longa distância ou de fundo, realizada parcialmente ou totalmente fora do estádio, ou seja em estrada.

A maratona é uma prova que envolve grande resistência física, sendo seu percurso estabelecido em 42 quilômetros e 195 metros (aceite tolerância por excesso de + 42 metros). Organizam-se ainda corridas de cross country ou um "corta-mato" de campo e de montanha. Em pista podemos ainda assistir a corridas de barreiras e de obstáculos

Lançamentos

As disciplinas oficiais de lançamento envolvem o arremesso de peso, o lançamento de martelo, o lançamento de disco e lançamento do dardo. O arremesso no Brasil lançamento em Portugal de peso consiste no arremesso de uma esfera metálica que pesa 7,26 kg para os homens adultos e 4 kg para as mulheres. O martelo é similar a essa esfera, mas possui um cabo, o que permite imprimir movimento linear à esfera e assim atingir uma distância maior. Já o disco é um pouco mais leve, pesando 1 quilograma para as mulheres e 2 quilogramas para os homens. E o dardo pesa 600 gramas para as mulheres e 800 gramas para os homens.

Os lançamentos são executados dentro de áreas limitadas, são círculos demarcado no solo para o arremesso ou lançamento de peso, de martelo e disco, e antes de uma linha demarcada no solo para o lançamento do dardo. A partir dessas marcas é que é contada a distância dos lançamentos. Normalmente as competições envolvem várias tentativas por parte dos atletas, que aproveitam as melhores marcas obtidas nessas tentativas. As provas de lançamento são normalmente praticadas no espaço interior à pista das corridas.

A origem desta atividade é também irlandesa, pois nos jogos Tailteanos, no início da Era de Cristo, os celtas disputavam uma prova de arremesso de pedra que pelas descrições se assemelhavam à prova atual. Alias, é interessante notar que na Península Ibérica, nas províncias onde ainda se encontram concentrações humanas etnicamente celtas, Galiza na Espanha e Trás-os-Montes em Portugal, ainda se disputa uma competição chamada de “arremesso do calhau”, que se assemelha ao nosso moderno arremesso do peso. De qualquer forma, a codificação da prova, tal como ela é hoje, é totalmente britânica, inclusive o peso do implemento, 7,256 kg, correspondente a 16 libras inglesas, que era precisamente o que pesavam os projéteis dos famosos canhõesséculo XIX. britânicos do início do

As primeiras marcas registradas pertencem ao inglês Herbert Williams, que em Londres, em 28 de maio de 1860, lançou o peso a 10,91 m, e o da Era IAAF ao americano Ralph Rose, que em 21 de agosto de 1909 arremessou 15,54 m em São Francisco. William Parry O’ Brien revolucionou esta prova, criando um novo estilo, no qual o atleta começa o movimento de costas para o local do arremesso. Parry O’ Brien venceu os Jogos Olímpicos de Helsinque e Melbourne, ganhou a prata em Roma e ainda se classificou em 4º lugar em Tóquio 12 anos depois de iniciar a sua carreira olímpica. Foi também o primeiro atleta a vencer mais de 100 competições consecutivas. No Brasil, o primeiro recorde reconhecido foi do atleta E. Engelke, vencedor do primeiro Campeonato Brasileiro de 1925, com a marca de 11,81 metros.

Saltos

As provas de salto podem ser divididas em provas de salto vertical e de salto horizontal. Dentre as provas de salto vertical, temos o salto em altura e o salto com vara. As provas de salto horizontal envolvem o salto em distância chamado também de salto em comprimento e o salto triplo ou triplo salto. Os atletas tomam impulso numa pequena pista de balanço, objetivando maior distância no salto. O salto em altura, que tem por objetivo ultrapassar uma barra horizontal (fasquia), é realizado mediante tentativas. A fasquia é colocada em determinada altura à qual os atletas devem tentar saltar. Se conseguirem, os atletas progridem para a próxima altura a que os Juízes colocarem a fasquia.

Qualquer atleta que realize três derrubes da fasquia (3 ensaios nulos), será impedido de continuar, sendo creditado com a marca correspondente à maior altura em que conseguiu realizar uma ensaio válido. O salto com vara funciona do mesmo modo, mas neste salto, o atleta tem o apoio de uma vara. Em ambos os saltos, há um colchão para amortecer a queda do atleta após o salto.

No salto em distância e no salto triplo / triplo salto, o atleta faz sua aterrissagem numa caixa de areia. Há uma tábua de chamada na pista que indica o limite máximo de corrida de balanço antes do salto; caso o atleta ultrapasse ou toque nessa marca, realizará um ensaio nulo. Caso tenha saltado antes da tábua de chamada, a distância do ensaio será considerada apenas entre o limite na tábua de chamada até o local onde aterrissou. É importante destacar que vale o ponto de aterrissagem mais próximo à tábua de chamada.

Provas combinadas

Algumas competições esportivas envolvem uma combinação de várias modalidades, no intuito de consagrar um atleta mais completo. As provas oficiais do decatlo (para os homens) e do heptatlo (para as mulheres) combinam corridas, saltos e lançamentos. Os atletas pontuam de acordo com as suas marcas nas provas individuais (tendo por base uma tabela de conversão de marcas por pontos), e esses pontos são somados para definir o vencedor.

A pista

A pista de corrida normalmente contém 8 raias, cada uma com 1 metro e 22 centímetros que são os caminhos pelos quais os atletas devem correr. Deste modo, a largura da pista é de no mínimo 10 metros, com algum espaço além das raias interna e externa. Uma pista oficial de atletismo é constituída de duas retas e duas curvas, possuindo raias concêntricas; tem o comprimento de 400 metros na raia interna (mais próxima ao centro). A raia mais externa é mais longa, possuindo 449 metros. Nas corridas de curta distância, os atletas devem permanecer nas raias a partir das quais largaram. Nas corridas de média e longa distância, os atletas não precisam correr nas raias, e geralmente se encaminham para a raia mais interior, evitando percorrer distâncias maiores.

As barreiras têm 1,06 metros, nas competições para homens, e de 84 centímetros, nas competições para mulheres. Se o atleta derrubar as barreiras enquanto corre, não é desclassificado - conquanto perca tempo substancial. As corridas com barreiras têm 10 obstáculos. Embora a maratona seja disputada nas ruas de uma cidade ou em um local externo, o seu trajeto é estabelecido de modo que a chegada se dê num estádio ou pista de atletismo.

No Brasil

A primeira participação do atletismo do Brasil em Olimpíadas aconteceu nos Jogos de Paris, em 1924. Já o primeiro resultado importante, veio em Los Angeles, nos Jogos Olímpicos de 1932, com o 6° lugar de Lúcio de Castro no salto com vara.

O atletismo sempre conseguiu expressivos resultados internacionais para o Brasil. É o esporte com o maior número de medalhas conquistadas em Olimpíadas, juntamente com a Vela, e em Jogos Pan-Americanos. Além disso, as seleções nacionais mantêm, desde 1974, absoluta hegemonia na América do Sul.

Seis atletas brasileiros estabeleceram 8 recordes mundiais em provas olímpicas, sendo 7 no salto triplo e 1 na maratona, sempre no masculino.

A primeira competição de atletismo no país foi o Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais, que aconteceu em 1929. Em 1945, foi criado o Troféu Brasil de Atletismo, que é, nos dias atuais, a principal competição nacional da modalidade.

Em 2 de dezembro de 1977, foi criada, no Rio de Janeiro, a CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo), que hoje, tem sede em Manaus. Antes de 1977, o atletismo estava sob responsabilidade da CBD (Confederação Brasileira de Desportos). Hoje, a CBAt representa, além das 27 federações, mais de 500 clubes, 20 mil atletas, 900 árbitros e 700 técnicos federados.


Referências Bibliográficas:

Federação Paulista de Atletismo

Confederação Brasileira de Atletismo

www.wikipedia.com.br




"O principal objetivo da vida não é a vitória, mas a luta; o essencial não é vencer, mas lutar. Vamos exportar nossos atletas para promover a paz. Esse é o mercado livre do futuro." (Pierre de Coubertin, fundador da Olimpíada Moderna)