Renato Sampaio Sadi
O possível esporte é aquele presente na vida da maioria das pessoas. É o esporte de massa, social, popular, democrático, o esporte de todos. Penso que o impossível está relacionado aos esportes espetaculares, fantásticos e monopolizados pelo centro nervoso do sistema global. São esportes impossíveis no acesso já que também são popularizados pelos meios de comunicação.
De fato, podemos tornar o esporte um instrumento democrático para o povo brasileiro por meio de um intenso esforço de parcerias. Com tal possibilidade, podemos também apontar uma nova configuração para o chamado esporte escolar. Este pode ser um conceito restrito, se for considerado apenas o lugar-escola formal; ou amplo, se permitir seu alcance para fora dos muros escolares. A rigor, o esporte escolar pode ser realizado fora da escola, desde que direcionado ao público escolar e vinculado ao projeto pedagógico da escola.
Diferente da televisão o que as crianças e adolescentes vivem na escola, por meio do esporte, é o jogo informal. Tal informalidade, entretanto não significa apenas a brincadeira ou o lazer, mas a experiência acumulada pela humanidade, reproduzida nos saberes escolares que permite à inteligência a socialização de conhecimentos gerais e específicos, a manifestação de expressões múltiplas, individuais e sociais e permite à comunidade, a organização e (re) criação crítica. O esporte escolar pode extrair do jogo informal sua vida útil e assim milhares de estudantes irão praticá-lo, conhecê-lo, produzí-lo.
Entretanto é importante estabelecer uma diferença entre a Educação Física da escola, um componente curricular legal dos sistemas de ensino previsto na Lei de Diretrizes e Bases, artigo 26, de 1996 e o esporte escolar como um complemento das atividades escolares, entendido como um complemento de fundamental importância, estratégico no desenvolvimento humano, na formação da cidadania. Quais as diferenças entre Educação Física e esporte escolar? Sinteticamente a educação física trata do conhecimento da área de cultura corporal que envolve jogo, dança, expressões culturais do corpo e movimento como lutas, yôga, conhecimento de técnicas corporais, capoeira, ginástica além do esporte. O esporte escolar é o espaço da vivência, do fazer com qualidade, da experiência de novas possibilidades. Mesmo assim pode-se perceber uma área comum às duas manifestações, que seria caracterizado pela educação esportiva. Presente nas aulas de Educação Física como um dos conteúdos de ensino e nos momentos do esporte escolar como complemento e incremento de qualidade.
Para tornar essa educação possível é preciso ir além do ensino de regras e técnicas do esporte com a finalidade única da preparação para competições. Educar a sensibilidade, o gosto/prazer pelo jogo, a criatividade-crítica, o aprimoramento da inteligência tática, a organização coletiva, os sentidos das competições, a transformação das notícias esportivas tornando possível uma horizontalização responsável no ensino como construção de um caminho heterárquico é um desafio para aqueles que vivem do esporte.
Na mesma direção é importante considerar os aportes necessários para tal educação. Assim, é possível pensar em equipamentos e materiais de baixo custo e investimentos em formação humana, principalmente nos agentes de ponta, professores e estudantes de Educação Física, monitores e instrutores de esporte.
De fato, podemos tornar o esporte um instrumento democrático para o povo brasileiro por meio de um intenso esforço de parcerias. Com tal possibilidade, podemos também apontar uma nova configuração para o chamado esporte escolar. Este pode ser um conceito restrito, se for considerado apenas o lugar-escola formal; ou amplo, se permitir seu alcance para fora dos muros escolares. A rigor, o esporte escolar pode ser realizado fora da escola, desde que direcionado ao público escolar e vinculado ao projeto pedagógico da escola.
Diferente da televisão o que as crianças e adolescentes vivem na escola, por meio do esporte, é o jogo informal. Tal informalidade, entretanto não significa apenas a brincadeira ou o lazer, mas a experiência acumulada pela humanidade, reproduzida nos saberes escolares que permite à inteligência a socialização de conhecimentos gerais e específicos, a manifestação de expressões múltiplas, individuais e sociais e permite à comunidade, a organização e (re) criação crítica. O esporte escolar pode extrair do jogo informal sua vida útil e assim milhares de estudantes irão praticá-lo, conhecê-lo, produzí-lo.
Entretanto é importante estabelecer uma diferença entre a Educação Física da escola, um componente curricular legal dos sistemas de ensino previsto na Lei de Diretrizes e Bases, artigo 26, de 1996 e o esporte escolar como um complemento das atividades escolares, entendido como um complemento de fundamental importância, estratégico no desenvolvimento humano, na formação da cidadania. Quais as diferenças entre Educação Física e esporte escolar? Sinteticamente a educação física trata do conhecimento da área de cultura corporal que envolve jogo, dança, expressões culturais do corpo e movimento como lutas, yôga, conhecimento de técnicas corporais, capoeira, ginástica além do esporte. O esporte escolar é o espaço da vivência, do fazer com qualidade, da experiência de novas possibilidades. Mesmo assim pode-se perceber uma área comum às duas manifestações, que seria caracterizado pela educação esportiva. Presente nas aulas de Educação Física como um dos conteúdos de ensino e nos momentos do esporte escolar como complemento e incremento de qualidade.
Para tornar essa educação possível é preciso ir além do ensino de regras e técnicas do esporte com a finalidade única da preparação para competições. Educar a sensibilidade, o gosto/prazer pelo jogo, a criatividade-crítica, o aprimoramento da inteligência tática, a organização coletiva, os sentidos das competições, a transformação das notícias esportivas tornando possível uma horizontalização responsável no ensino como construção de um caminho heterárquico é um desafio para aqueles que vivem do esporte.
Na mesma direção é importante considerar os aportes necessários para tal educação. Assim, é possível pensar em equipamentos e materiais de baixo custo e investimentos em formação humana, principalmente nos agentes de ponta, professores e estudantes de Educação Física, monitores e instrutores de esporte.
Autor:
Renato Sampaio Sadi
Docente do Curso de Educação Física da UFG e Coordenador de Esporte Escolar do Ministério do Esporte
***Fonte:
Boletim Brasileiro de Esporte Escolar
Goiânia, Goiás, v. 02, n. 09, setembro de 2005 - ISSN 1807 - 3123
www.esporteescolar.org
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